terça-feira, julho 31, 2012

Contexto Histórico



4.1        Revolução Industrial
Nas sociedades industriais o mundo do trabalho se divide do mundo doméstico. As famílias multigeracionais vão desaparecendo e forma-se a família nuclear (pai, mãe e filhos). Permanece o poder patriarcal na família, mas a mulher das camadas populares foi submetida ao trabalho fabril. No século XVIII e XIX o abandono do lar pelas mães que trabalhavam nas fábricas levou a sérias consequências para a vida das crianças. A desestruturação dos laços familiar, das camadas trabalhadoras e os vícios decorrentes do ambiente de trabalho promíscuo fez crescer os conflitos sociais.
A revolução industrial incorporou o trabalho da mulher no mundo da fábrica, separou o trabalho doméstico do trabalho remunerado fora do lar. A mulher foi incorporada subalternamente ao trabalho fabril. Em fases de ampliação da produção se incorporava a mão de obra feminina junto à masculina, nas fases de crise substituía-se o trabalho masculino pelo trabalho da mulher, porque o trabalho da mulher era mais barato. As lutas entre homens e mulheres trabalhadoras estão presentes em todo o processo da revolução industrial. Os homens substituídos pelas mulheres na produção fabril acusavam-nas de roubarem seus postos de trabalho. A luta contra o sistema capitalista de produção aparecia permeada pela questão de gênero. A questão de gênero colocava-se como um ponto de impasse na consciência de classe do trabalhador.
Assim, nasceu a luta das mulheres por melhores condições de trabalho. Já no século XIX havia movimento de mulheres reivindicando direitos trabalhistas, igualdade de jornada de trabalho para homens e mulheres e o direito de voto.
Ao ser incorporado ao mundo do trabalho fabril a mulher passou a ter uma dupla jornada de trabalho. A ela cabia cuidar da prole, dos afazeres domésticos e também do trabalho remunerado.
Com a Primeira Revolução Industrial, a exploração do trabalho feminino, eficiente e mais barato, tornou-se intensa. A utilização da máquina possibilitou uma massificação no uso das chamadas “meias-forças dóceis”, trabalho da mulher e do menor, que nesse período possuíam menor força reivindicatória. O cenário da época é muito bem retratado pelo trecho a seguir:
“A completar o quadro, era usual a utilização das chamadas “meias-forças”, ou seja, trabalho do menor, trabalho da mulher, cuja remuneração era ainda inferior a do trabalhador maior, do sexo masculino”.

4.2        Origem da Logística
            Segundo Neves (2005), a origem da palavra logística vem do grego “LOGISTIKOS”, do qual o latim “LOGISTICUS” é derivado, ambos significando cálculo e raciocínio no sentido matemático. Originalmente o termo 'logística' com o significado que entendemos hoje, vem do francês Logistique e tem como uma de suas definições de cunho militar, onde a guerra é totalmente dependente de uma logística eficaz que cuida do transporte e manutenção de suprimentos para fins de operações em campos de guerra ou apenas administrativos. Em tempos antigos, certas campanhas de guerra se valiam de algo parecido com a logística. As guerras eram longas, duravam décadas, às vezes séculos, e as tácticas militares daquela época certamente incluíam tácticas de logística tanto para suprimentos como armamentos. Rotas de ataque eram pesquisadas e calculadas a partir de conceitos primitivos de logística, assim como a diferença de trajetos para tipos diferentes de armamentos e carros de guerra. Estas rotas nem sempre eram as mais curtas, pois levavam em conta os trechos com água potável e mantimentos.
4.3        A Logística no Brasil
A logística apareceu no Brasil nos anos 70. As indústrias e os comércios brasileiros vinham atuando em um país de dimensões continentais, logo, perceberam a necessidade de abandonar o empirismo para abastecer estes mercados, ainda mais quando se tem uma malha de transportes incipiente. Nessa época o termo “logística” ainda era utilizado para questões de transporte e distribuição. No início da década de 90, quando houve a abertura do mercado brasileiro ao mercado globalizado, e também partir implementação do plano Real, houve grandes avanços na logística brasileira. Nesse período foi necessário que as empresas brasileiras se adaptassem rapidamente a situação, e elas despertaram para importância da logística como vantagem competitiva de mercado. Mas mesmo com os grandes avanços da logística ocorridos até os dias de hoje, ainda existem muitas empresas trabalhando na primeira fase, isto é controlando seus fluxos logísticos através de estoques e tendo seus diversos setores atuando de forma isolada. O conceito atual utilizado e denominado supply chain management apenas ocorreu após a estabilização da inflação com o estabelecimento de relacionamentos entre fornecedores, empresas e clientes, de forma mais duradoura.


Nenhum comentário:

Postar um comentário